8.12.11

Cu de xita? Talvez!!!

Hoje é dia de N. Sra. da Conceição, santa que gosto muito e de um cu de xita muito especial que não poderei abraçar pessoalmente.

Ele não tem ideia da revolução que provocou há um booooom tempo, nem da importância que já tem na minha vida. Quando o conheci não dei muita bola: "Um menino!"  :-), mas o respeito por sabê-lo irmão de um grande amigo, fez-me observar e observar... bastaram algumas conversas e pronto; já o mando até à m... (rs). 
Adoro quando canta inspirado ou me olha com cara de 'capetinha' e também quando percebe meu astral. Admiro sua concentração e seriedade na hora que assim tem que ser; admiro sua força e coragem, como poucos teriam; mas não aprecio seu lado bravio (mesmo quando está com a razão), confesso, pois o deixa irreconhecível em dados momentos; nem de ver sua agonia e preocupação, dando-me vontade de dar a ele colo e aquietar seu coração. Às vezes quero puxar sua orelha; e em outras, pedir desculpas pelo 'não saber', pela intromissão... se ele soubesse que em alguns momentos sua agonia e preocupação passam a ser minhas também!


Desejo ver novamente aquele sorriso que vi tão sereno, espontâneo e matreiro a mirar, encantador, pois nele vê-se 'vida' e um pouco do que guarda dentro de si! Queria ser mais presente em sua vida e poder fazer mais, mas diante do batalhão que o ama muito, parece egoísmo meu tamanha pretensão. Sua linda esposa sabe que ele é, talvez, a única pessoa que tem de mim e em mim duas das minhas melhores coisas: uma delas ele a tem em plenitude, enquanto ser humano; a outra, conquistou aos poucos!
Ontem ''conversávamos/brincávamos'' sobre a permissão de sua esposa em ter uma amante e o que ela saberia de antemão com relação aos seus defeitos... não completei a frase, mas ia dizer que essa 'outra' em sua vida seria uma mulher de muita sorte e honra, pois as qualidades desse cu de xita do meu core superam em gênero, número e grau qualquer defeito que tenha!


Parabéns, meu anjo  e amigo!
Que tua dona, minha amiga e parceira, e os teus consigam te dar a tranquilidade e a vida a brilhar nesses olhos tão camuflados de um mundo de sonhos e desejos que transpassarão aquele ''número par do teu destino'' - desejo esse que também é meu hoje! #mpOtpsc

25.11.11

mentes tu, mente ele, mentimos nós... mente o galo!


Minha casa foi invadida por um galo que nunca canta nada. Mas não é que hoje, tentando falar ao telefone, ele resolve tagarelar mais que a moça da propaganda da Claro?! Quase faço um ensopado de galo (rs). Já ouvi que os galos têm sua face enganosa, que se esconde no canto austero e alto e lembrei da anedota sobre a mentira, a desculpa dada para justificar algo. No final, terminei minha conversa, o galo parou de cantar, mas a palavrinha não...Mentiras!
O sr. Aurélio é curto e grosso: Mentira é a afirmação contrária à verdade; engano propositado. 
Quanto mais intimidade vamos construindo, menos as pessoas nos conhecem e menos ainda nos creem quando falamos do trabalho, das pessoas, das perdas, mesmo quando Cazuza diz que o 'tempo não pára!'.  E não... não é por 'sacanagem' que deixamos que falem crentes que estamos acreditando, e sim porque às vezes não vale a pena desmenti-los; seria o mesmo que perguntar por quem nos tomam. As pessoas...melhor, nós somos assim!
Cazuza estava certo: o tempo não pára, não espera, não mente e age. Agora, o sr. Aurélio, bom...deixa o velhinho quieto com seus sinônimos, adjetivos, substantivos, verbos e tudo mais e quanto ao galo... mais um acorde daqueles, vai pra panela! =P

19.11.11

Todo dia é 20 de Novembro!

Todo dia é 20 de Novembro e todo dia é dia de Zumbi!
Comemorar e lembrar Zumbi é comemorar e lembrar todos os Pedro, João, Josefa, Neide, Noel, Pirrixi, Maria, Sebastião, Conceição...ou todos os nossos Oxalá, Xangô, Iemanjá, Agontinme, Cosme, Machado, Gonçalves, Abdias, Oliveira Silveira, Caó e tantos outros que deram e dão seu suor, palavras, trabalho, conhecimento e sangue, pedindo o mínimo: Respeito! A partir dele, 'um mundo' se abre.
Sem exageros, só quem vive e sobrevive em meio à desigualdade e ao desrespeito em 'n' sentidos, sabe o que significa essa luta, que é constante e - individual ou coletiva - não deixa que a esperança face à realidade se esvaia! 
Me orgulho de contribuir, ainda que pouco, com essa luta. Por isso, viva, sim, o 20 de Novembro e viva a todos os ''Zumbi's'' e ''quilombolas'' que somos!

29.10.11

Terras de negro em terras da Santa

Santa Teresa D'Avila é uma santa espanhola que viveu no século XVI e em Alcântara, Maranhão, desde a presença da Ordem Carmelitana é padroeira e ''dona das terras'' de uma comunidade negra rural quilombola, cujo nome significa Pedra, Peixe e Rio.


P
oucos sabem sua origem e trajetória religiosa, mas há muitas décadas festejam a santa branca num misto de sincretismo, religiosidade, laços, tradição, cultura; hoje, com algumas nuances distintas, que aqui não cabe explicitar. Trata-se de uma celebração muito bonita e por si só, um campo de estudo de muitas possibilidades.

Ano passado foram três dias de marteladas, sobe e desce escada, cola aqui, suspende acolá, filma a saída, fotografa as danças, aprende a preparar o bolo de tapioca (ou pelo menos a moldá-lo, o que segundo duas jovens senhoras muito queridas me saí muito bem =D), acompanha a procissão, rever pessoas queridas, descobrir outras mais, os sorrisos infantis, a intimidade espontanea e muita sinceridade e carinho recebidos.

Assim como naquele, esse ano era para ser uma viagem de trabalho, mas acabou sendo também uma viagem de surpresas, a começar pelas companhias de um c. de xita e sinhá e dias antes de um raso e divertidissima e profissional Áurea, cuja cumplicidade e sintonia foram maravilhosas. Muitas apreensões e observações preciosas, que nesses três anos e meio a contar o primeiro contato não havia presenciado/compreendido/apreendido. Como pesquisadora foi um presente: espectadora de um ritual mais simbólico do que efetivo. Como pessoa e, de certa forma, hoje parte daquilo tudo, um 'renovar de forças' e também um distinguir das mesmas sob 'n' sentidos e formas.

Fica aqui minha homenagem
a Santa Teresa D'ÁVila de Jesus e àquele território étnico belo, complexo e rico, do qual muito me orgulho de conhecer um pouco e de tantas coisas boas que vivi por lá e a partir de lá.

Principalmente para ti, criança...

Se fosse falar dos territórios sob o viés que pensei, talvez Canclini e seu 'hibridismo cultural' fosse uma boa pedida. Mas aqui, usando o mesmo 'pensar', acho que Levi-Strauss e os 'mitos' viriam a calhar, só que talvez numa direção bem mais complexa, quase ancestral e de difícil entendimento (porque fácil) para um batalhão de 'pesquisadores da vida', no qual me incluo.
Nesse sentido, cachoeiras de perguntas me vêm ora ou outra por 'distintas' pessoas, buscando respostas plausíveis para aquilo que não precisa de respostas claras, e sim de 'sentires'. E começam: "Então, minha jovem, como se dá essa ligação? Sob que critérios? Como explicar todo esse batalhão?"
O mais tocante é que são questionamentos para a pessoa 'errada', sem perceberem que das mesmas inquietações padeço!

Algumas respostas estão no cotidiano, por isso, se responder, lá, onde fui fisgada pelo amor e a cumplicidade se fez convidar, estão minhas crianças, traquinas, cheias de vida e vontades, sem distinções alguma. Como negá-las? Também, minha amiga... que mulher, que cheiro e sapiência, uma dama; e dois rasos, rasíssimos, notáveis e queridos. Ganhei amigos que me tomaram pra si e que muito me honram a amizade e cada vez mais me fazem pensar nossos caminhos marcados por encontros,
amadurecimentos, elos, descobertas; lindas descobertas!
Sinto-me feliz e orgulhosa por ver, mesmo com pequenas falhas, a organização e seriedade com que seguem seus caminhos e preparam os dos seus e de contribuir um pouco com isso; faz sentir-me útil e privilegiada.
Queria ter o dom do desenho e das palavras para registrar os encontros, trocas, aprendizados, momentos de cumplicidade como se dali outros não fossem se repetir. Mais: o vigor das buscas, do experimentar e, principalmente, das percepções de si, do outro, dos outros. Mas ai, diria certa jovem, "seria querer demais, né, c. de xita?!".

Contudo, não seria querer demais ver o brilho nos olhos daquele homem tão jovem e tão forte e seus sentimentos aflorarem sem medo e sem entraves, porque tão belos quanto seu coração, são; e sabê-lo vivo e comigo até a velhice (minha, primeiro rs), mirando-me com aqueles 'olhos de capetinha' e aquele sorriso matreiro, dizendo: "Talvez!". Assim como sair do coração daquela outra bela criatura como mulher pra dar lugar de vez à candura de uma amizade forte e sincera. Também ao que espera (mas não busca) sua paz, ter a noção do seu entorno e de tudo e todos, incluindo seu 'perfume de jasmim', tomando posse do que é seu. E as duas almas gêmeas mais pares que podia haver? Que criaturas são aquelas?! Mais pareço-lhes o regente. Como pode?! =O E todos os rasos, toscos, ralados, cdx...
Algumas respostas vêm do cotidiano, mas as demais, um dia descubro. Até lá... vou 'talkeando' com Levi-Strauss e me deliciando com os mythos que aportam por um 'desvendar, desnudando os significados' e que tem muito a ver com tudo isso!
Minha criança, consegui cumprir a promessa do texto?!

#mpeqgaptam

Amor n°. 2!

Há dias fiquei de fazer um texto para minha criança, mas fui adiando, adiando e agora, ao abrir o blog, no rascunho, encontrei esse 'poema' (?), texto ou o que quiserem chamar que fiz em outubro de 2010 para uma pessoa muito especial, que há quase duas décadas está comigo. Então, resolvi publicar, pra meu 'Amor n°. 2'. Só tem sentido pra nós, a começar do título e é isso que importa!

"És meu amor primeiro
tua alma triste me oprime o peito
e as faz descer. Não compreendes?
Por Deus, não desanime nem o redor
sufoque teu lindo sorrir

Que será de mim, meu amigo-tudo
lá, no futuro, se não puder tocar?
nem o rebento por ti desejado a trazer aos braços
já não tão distante, todo o acalanto, todo o aconchegar

Não me alegra saber-te triste
tua tristeza é minha, mestre dos caminhos
confiaste a intimidade outrora e nas belas frases
boquiaberta deixava-me, a embebecer

Não te entregues agora,
o hoje, fomos buscar
e mesmo no meu egoísmo mútuo,
meu amor transcende qualquer passo teu,
qualquer caminhar

Não desista agora,
olhe-a anunciando as novas
deixe que seu brilho tome todo o espaço
e num desabafo, permita-me a companhia
de alguns momentos teus olhos mirar

porque és meu amor primeiro, e esse posto
nem cores, andantes ou anunciados
de ti conseguirão tirar!
és meu amor primeiro, meu primeiro par!"


13.10.11

Encontrar o mar...

Senhores,
a vida às vezes se apresenta como o olhar daquela 'dona', que me encantou!
Por isso, no 13 de hoje, aproveito o encontro com o mar e os recados da vida para as respostas, que ora acalmam, ora bravias como ele, adentram em mim....me resta a permissão!

"Há belezas que são pares,
mas seu vigor depende de pequenos e grandes gestos.
A minha beleza encontra a tua, quando as vendas se deixam cair,
mas tornam-se assombrosas, se não percebes o que está ai, aqui, em todo canto...
porque só há o belo, nesse caminho, quando as energias
que as mãos tocaram de costas pra um tempo só
cuidam dos corpos, dos sonhos e do encantar,
mas todo encontro é aprendizado, não esqueça
e mesmo os elos do oculto se deixam quebrar.
Deixarias, tempo meu, que se quebre o caminhar,
e de belo se torne feio esse conto, esse meu cantar?!"

Ps. Não te 'quedas', 'amiga' minha, não é pra vocês esse dedilhar!

23.7.11

Uma droga de droga!

200 e tantas mensagens no twitter; e no facebook, o post de Pedro Canto de um textinho do Auto da Compadecida, encerrando com Amy. O trecho falava da morte.
Não acho nada romântico o fato de grandes nomes terem morrido por conta das drogas (Janis, Jimmi, Jim e cia), uma aúrea que não (me) desce! A morte da Amy Winehouse traz à tona uma realidade mais próxima de nós do que imaginamos. O fato é que a droga é 'quase um inferno sem perdão'! É um caso de saúde, de polícia, de tanta coisa que dá um 'nó' só ao pensar em enumerar. Nessas horas queria concordar com Borega e juntar toda a matilha que vai dos mais poderosos (e invisíveis) aos mais ralés (pobres coitados) com passaporte só de ida pra 'Caixa Prego'!
#Fail

Amália, o fado, a chuva...


Hoje completaria (oficialmente) 91 anos a Rainha do Fado, Amália Rodrigues. Não por menos, o dia amanheceu saudosista, mas inquietantemente acalentador. Coincidência ou não, passeando ontem, deparei-me com Mariza e ai a vontade do fado foi maior, e com ela o todo!

Gosto dos fados densos, sofredores, carregados de uma força tão instigante que não te permite outra alternativa que não senti-los e entregar-se, mas também dos cândidos, tão somente de amor. No repertório de hoje, a passagem de Vinicius de Morais. Confesso que não sei qual dos dois invejei: se Amália, pela honra de estar ao lado daquele homem-poeta; se de Vinicius, pela proeza de ouvir, a poucos metros de si, aquele canto 'camoneano'. Ousadia descabida a minha, mas sentimento não tem fronteira, que dirá os sonhos!

Assim que cheguei à terrinha, que também em meu sangue pousa, estreava o filme biográfico da Amália e com uma natural inclinação para biografias, os trailers, cartazes me chamaram atenção. Até então, música portuguesa, para mim, só tinha espaço com Madre Deus, Dulce Pontes, embora já a tivesse ouvido.

Sim, hoje amanheci fadista, mas dei a Amália todas as honras, sem abster-me de junto com ela virem também as lembranças. Acho que poucas vezes quis tanto estar em Portugal como hoje. Não pra voltar no tempo, mas fazê-lo meu - por livre e espontânea vontade. Talvez seja a chuva que começa a cair agora, bravia, como se quisesse chamar a atenção pra 'melodia de suas gotas que lavam para além do corpo, a alma'...e o fado!

10.6.11

Curious Conversation!

Vita via Rosa:
- Tia? Seria possível que duas pessoas que nunca se viram antes, embora soubessem há anos uma da outra; uma delas vir de tão longe para vê-la numa 'sequência tríade', na véspera de um dia sem sol (dele)?

Tia:
- Se a vida tem seus mistérios, as ligações não são mero acaso!

Vita via Rosa:
- Então pode não ser loucura, tia, pois num dia a bela graciosa canta; noutro a 'sequência tríade' e no seguinte, o dia sem sol, observado um depois por mero acaso. Só não entendo uma coisa...por que eu?!

Tia (riso natural, tom sério):
- Porque nem todas as suas marcas foram feitas por suas próprias mãos!

21.5.11

Para você, meu amigo(p)!

Esse não é um texto como os que costumo escrever. É um recado, uma carta ou o que quiserem chamar, mas com um caráter proposital, pensado. Não é para fazer sentido, a não ser para ele. O dono? Uma hora vai ler!

Hoje é um dia muito, mas muito especial para um rebento da ancestralidade (o dono), que agora também é dele. Quero muito estar em seu despertar; e um dilema toma conta do meu coração e da minha vontade, angustiando-me a alma - não pela irmã mais velha, que é passado, mas por fatores maiores, relevantes.
Como farei? Ainda não sei. Tenho algumas horas para resolver. Contudo, saber que você estará cercado daqueles que sempre serão seu cotidiano, farão parte do seu caminho, o acolherão nos braços no cair, se preocuparão com sua teimosia no levantar, cantarão com seus senhores, se doarão nas suas obras (mesmo nas divergências naturais, afinal, ser humano é complexo demais para estar harmonizado todo o tempo, né, meu querido? Ora ou outra tem que haver um babadinho para apimentar as coisas...rs) me conforta.

Embora acredite que se preocupa comigo, saiba que me ampara quando possível, me escuta quando preciso e confia no que meus olhos, mais que palavras dizem; talvez minha ausência nem notada seja (nem deveria) pois o dia é branco e amarelo; é seu e você, somente você importa. Sentirei não ver as cores desabrocharem juntas para o caminhar há muito precedido e deixado pelos seus, na continuação; sentirei não perceber os olhos atentos, cheios de orgulho e também curiosidade, em êxtase pela exuberância das rodas, do balanço que lhe cobre os olhos do corpo, para mirar com os do espírito!
Ah, como deve ser lindo, como deve ter força, e quantas lágrimas não conseguiria impedir da minha face caíssem. Lágrimas que você já observou banhando-me o rosto quando meus sentimentos afloravam; marejando meus olhos para depois dar entrada à esperança 'dos que sonham o futuro' e à serenidade de uma consciência em paz!

Meus pensamentos hoje estarão contigo, ainda que meu em corpo possa não estar. Minhas energias positivas também, desejando que tudo seja mais do que você imaginou; que sinta mais do que supunha conseguir e que de você, seu pai ecoe e sua mensagem seja tão bonita como sei que seu coração (também com as vicissitudes humanas) é!

Só advirto uma coisa: junto com meus pensamentos para você, vai também o desejo de uma aqui amiga, de que se cuide mais, de que pense naqueles que não demonstram, mas por dentro sofrem por ver o teu sofrer, a tua teimosia, o teu 'não cuidar'! Sinto dizer, mas você me inseriu nessa lista e a vontade que dá é de puxar sua orelha e fazer valer ser mais velha, o que nesse caso, ganha respaldo. Lembra do nosso primeiro encontro e do que me disse sobre o amanhã. Sei que você lembra! A vida gira a todo momento e nada sabemos dele; tudo muda e só nossos passos são a certeza de nossas colheitas. O resto..."é o tempo encandeando suas vontades"!

Lembra principalmente daquele pequeno cantador que se orgulha do pai que tem, da linda índia de abraço gostoso e apertado que é mais arredia, e só precisa de um pouquinho de atenção, porque amor naqueles olhinhos transbordam; da mãe séria e preocupada, dos amigos que dão bronca por uma boa causa, mas sentem prazer em estar contigo; da família que só cresce.
Quanto à sua amiga aqui, sabe as minhas vontades,né?! "ladainhas brancas e cantadas"...hehehe
Um lindo dia, meu anjo! E muita luz nessa cabecinha, nesse caminhar! Até daqui a pouco ou até muito breve!

#OtabegmpfdB!

20.5.11

Numa tarde de outubro, com um jovem escritor!

Há uns anos, durante evento literário local, quando ainda era uma acadêmica de Comunicação Social, fui convidada a entrevistar um famoso escritor, que daria uma coletiva. Não era repórter nem estava no horário de trabalho, mas topei e lá fui eu com gravador na mão e um pequeno release, que lia no caminho. Minutos depois do horário marcado aparece aquela figura simpática, tranquila, com trajes impecáveis, apesar de simples; um porte distinto e um olhar forte. Sentado no sofá do hall do hotel, mais contou sua história que respondeu a perguntas de fato. Sentei-me a seu lado. A cada passagem de sua vida, via olhos brilhando ora com orgulho pelos feitos realizados ora por saudades das aventuras que agora só poderia contar. Parte de mim estava fascinada pelo todo que aquele jovem de cabelos alvíssimos trazia consigo, para além de suas histórias (muitas das quais quisera viver!). Outra parte, incrédula com o rasismo camuflado do mesmo diante de um bando de jornalistas (rs). Acho que serei uma senhorinha 'sapeca', mas não tanto quanto. Anyway!

Rasismos à parte, já diante de mim e um outro repórter apenas, o jovem escritor diz, do nada e em alto e bom som, que a blogueira que vos escreve tinha uma áurea muito bonita, iluminada. Eu, a priori, fiquei encabulada...acho que mais pelo repórter, que já tinha percebido o rasismo dele, que por ele mesmo. Depois, achei a situação engraçada; afinal, quem não gosta de ouvir algo assim, mesmo que tenha sido um rasismo? Nessa história toda, ainda ganhei um presente, com a dedicatória:
"Para Milena, um ser de luz, com carinho..." =)
Independente disso, devo admitir que havia serenidade em seus olhos, segurança em sua atitude e uma sedutora elegância em suas palavras. Fez-me lembrar de um outro jovem (que não é escritor, mas também é andante) e a sedução eloquente com a qual fascina e apaixona, e ao mesmo tempo machuca e marca, perdendo aos poucos o 'marco'; sem nem por isso deixar de ser 'aquele cujos jasmins foram para mim!'

Bom, esse texto não é para me vangloriar por conta do tal escritor. Acreditem, não é. Arrumando minhas coisas, achei no meio da minha coleção de filmes o presente autografado e lembrei que há uns meses, poucos meses, em caminhada na companhia desse jovem, falava de Gregório de Matos e contava essa aventura jornalística e rasa com o famoso escritor!
Deu saudades agora...da caminhada que terminou ao se falar das intuições; e dessa passagem de uma época boa na academia!
É o tempo sempre se manifestando!

10.5.11

Longe...

"Apenas ao longe, longe...
sonhando teu conto
nos planos previstos
sentindo os cheiros egressos de um tempo andante,
lá, ao longe,
nas canções de um caminho par"!

22.4.11

"Uma mesma regência, diferenças pares!"

Brinco com algumas pessoas (não sei porque cargas d'água me confiam particularidades suas =P hehehe) que passarei a cobrar pela consulta, mesmo que em alguns momentos venham da autora desse texto; que foi motivado por um questionamento que volta e meia, nesses útlimos dias, permeiam o "ar dos que sonham o futuro": Até que ponto há realmente uma interferência, ainda que involuntária, numa relação solidificada sob bases profundas, invisíveis, quase ancestrais. Difícil situação!
Mais difícil ainda quando a interferência talvez não seja tão ocasional assim, porque há situações que não se explicam, trazendo por isso o espanto e ao mesmo tempo admiração pelo 'todo'; e também prudência!

Basear as pessoas por nós mesmos nunca foi uma boa pedida, sobretudo quando essas não estão muito preocupadas se vão ou não magoar, constranger, coibir; quando não refletem sobre esse 'todo' e buscam mais que refutar algo, compreender. Talvez por isso, para quem está no cerne do conflito (cuja autoria não lhe compete!) um sentimento de desconforto se manifesta e o 'não agir' imediato se configura como uma atitude prudente, carinho pelas pessoas envolvidas, respeito pelos demais. Quando se imagina alguém cuja experiência, a força do que lhe rege são intensas, vê-lo agir como uma criança com medo de perder o brinquedo (caso que não existe nem pela 'perda' nem pelo 'brinquedo') é decepcionante; e faz pensar: 'unidas por uma força régia e tão diferentes!'
Ao mesmo tempo, reflete outro questionamento também pertinente, também real: Será isso mesmo? Fizera a coisa certa?

Quando esse último se manifesta, uma teia de fé, esperança, sonhos, vontades, verdade, energias, ancestralidade e amizade se forma; permitindo que no coração de quem questiona haja o desejo de continuar, de amadurecer o caminho escolhido, de confiar:
1 - Confiar nesse que, não por tão jovem, "ora parece um menino, ora parece mostrar que nos seus passos há a simplicidade que será guia no caminhar daquela que lhe confiou talvez um dos seus bens mais preciosos; no soar bravio que lhe compõe os traços". Tolice? Talvez! Mas estaria esse jovem realmente cuidando de quem ligou-se a ele para não mais voltar? Poderia lhe ser exigido um cuidado maior? Sente-se a falta de uma presença maior, sobretudo pelo 'desconhecimento' a apontar um longo trilho a percorrer; e em contrapartida, perguntando-se se essa falta sentida tem razão de ser.
2 - Confiar naquele em que a amizade teima em ficar, mesmo quando junto vem 'um leão bravio, a cabeça irmã', o carinho e também a desilusão de passos não dados.
No primeiro, o carinho já enraizado às vezes titubeia e teme o desenrolar dos caminhos; no segundo, ficam as palavras ocultas para/pelo não magoar e uma fiel parceria, que não tarde passos distintos vai dar!

Pelo que vejo, o que resta é deixar o tempo se manifestar. Quase sempre ele tem razão!

7.4.11

Liberdade, Independência: Omnirá

Trabalhar com cultura no Brasil não é nada fácil.
Trabalhar com cultura e inclusão social, ainda menos.
Trabalhar com cultura afrobrasileira ou como quiserem, com matizes africanas - num misto que engloba tradição, espaço geográfico e histórico não tão distintos assim, quando se fala de um país que mesmo nos seus extremos, teve ou tem traços negros, escravos, descendência (que traz muito das referências) - torna-se mais complicado ainda.
Primeiro, porque os conflitos começam no corpo do próprio grupo/entidade envolvido; segundo, porque o acesso a bens materiais (recursos) que viabilizem as apresentações, formações, divulgação, etc... é algo do tipo: "fulano é apadrinhado ou conhecido de cicrano e pode te encaixar na parada'' - o famoso QI (ps: em nenhum momento dizendo que dessa água não beberei!) e terceiro, que considero mais oportuno (senão essencial) a integração local; pelo menos, daqueles que são parte, para quem o trabalho é pensado, para o cerne do movimento em questão, que completa o 'conjunto da obra'.

Toda essa exposição é para falar de um grupo que desenvolve um trabalho de inclusão social e cultural com jovens de uma região abastada de São Luis: o bloco afro Omnirá.
O Maranhão possui muitos grupos que podem ser chamados de folclóricos ou tradicionais, dependendo da sua temática, e que vão, em muitos casos, sobrevivendo diante das dificuldades em manter seus projetos, em continuar sua trajetória. Alguns, trabalham na vertente cultural pura, mas outros, talvez uma maioria (?), desenvolvem trabalhos sociais paralelos, com inclusão de jovens, adultos, idosos, crianças e outros. O Omnirá é um desses grupos. Integrando uma associação, o bloco é formado por militantes do movimento negro do município da Baixada Maranhense, Cururupu, com sede hoje em São Luis, onde também funciona um ponto de cultura. Há tempos ouço falar do grupo e não por acaso, de uma forma indireta, vou acompanhando seus passos ao longo desses últimos meses. Segundo, Henrique, do Omnirá:

"o bloco foi criado da efervecência e discussões do movimento negro de São Luis, principalmente no Centro de Cultura Negra do Maranhão, com atuação na região de Cururupu. Assim, o GCNC - Grupo de Cultura Negra de Cururupu, por volta do ano de 1992, criou o bloco afro Abayomi (Encontro Feliz), com o objetivo de levar mensagens de protesto e conscientização, em especial sobre os trabalhadores rurais, que constituíam uma base forte para a agremiação. Tempos depois, por conflitos de ideias e interesses dentro do centro político do bloco, após o carnaval de 1994, surgiu o Omnirá (Liberdade, Independência). Anos mais tarde, sentiu-se a necessidade de ter uma entidade legalizada, com uma gama de ações e oportunidades dentro de arâmetros políticos, jurídicos e organizacionais. Com isso, foi criada a Associação Afro Omnirá Cururupu no ano de 1996, hoje com uma atuação mais restrita em São Luis, precisamente nos bairros Jordoa e Barreto".

Hoje o Omnirá desenvolve o projeto 'Raízes da África' e atua no desenvolvimento sociocultural de meninos e meninas, jovens e crianças daquela região, além de fazer parte dos circuitos tradicionais de São Luis e no interior do estado, no carnaval e no período junino. Já escutei o som dos meninos, já pude ter muitas conversas com um de seus integrantes e co-idealizador desse projeto e sinceramente, fico feliz de ver trabalhos como esses. Tenho uma visão um tanto 'à margem' sobre isso; talvez por ter podido ver esse tipo de atividade/entidades por diversos ângulos e esferas de poder.

O bacana nesses projetos é que, salvo algumas ongs e integrantes, uma boa leva realmente se empenha em fazer sua parte, em cumprir os objetivos traçados ao serem criadas, em mudar, ainda que pouco, a realidade de muitos. Um contínuo trabalho de formiguinha que, infelizmente (ou não!), não faz parte da gama de muitas entidades espalhadas pela 'terra brasilis'. Detalhe: é uma crítica construtiva. Não condeno ou desmereço quem, a partir dos grandes e pequenos fianciamentos, de órgãos municipais, estaduais e federais constrói sua história, alavanca seus 'formadores', tarimba muitos curriculos, abre muitas portas, como consequência das muitas articulações feitas. Não. Em nenhum momento. Faz parte do conjunto e seria até ilógico não fazê-lo (certo?); o problema é quando essas articulações (ou interesses) são maiores que os objetivos-chave. Enfim..ai já são outros 500 e fica para um outro post!

So...promessa cumprida, cdx?
Parabéns ao Omnirá e muitas jornadas ainda de batuques e trabalhos para essa garotada!

13.3.11

2011!

Há tempos vinha pensando sobre o que escrever no primeiro post de 2011. Tantas coisas por falar; tantas pessoas; tantos momentos...


Mas aí, nesse fim de semana, em mais uma viagem ao sítio 'de Teresa D'Avila', num relato completamente avesso ao sentimento que me despertou, mas totalmente inserido no trabalho pelo qual lá estava, veio a VONTADE e cá estou. Acho que uma palavra traduziria bem o enredo: CORAGEM! A coragem da qual falava dona Iracema, com sua tez preta, sua voz forte e segura e seu olhar sincero, fez-me lembrar do seu antônimo: COVARDIA!


Covardia que mesmo os mais fortes e decididos um dia experimentam; trazem pra si!

Pensei no quanto, em muitos momentos, somos covardes...covarde ela, covarde ele, covardes nós, covardes eles, covarde eu...!


Covardia que às vezes faz com que pessoas ultrapassem todas as fronteiras do permitido para não perder; pela estabilidade; pelo cômodo, mesmo quando já não lhe compete/pertence mais...sempre serão uma mentira, sempre perdem e machucam!

Covardia pela qual outras são omissas ou num momento de reflexão, de decisões...pensam, ponderam demais, arguidos sobre interesses maiores, vaidades...também perdem e machucam!

Covardia daqueles que experimentam sensações únicas, sentimentos novos, captam pequenos gestos formadores, mas também ponderam demais; deixando espaço para seu antônimo quando já não há similaridade...e também perdem!

Covardia daqueles que sabem o que é preciso, ou o que fazer, mas não ajem, não se movimentam; covardia que faz com que algumas pessoas sempre esperem das outras, quando reconhecem ser uma ação única e exclusivamente deles...e não realizam!


Uma palavra tão forte; e em muitos casos, ofensiva; mas noutros, apenas uma contastação. Covardia que em nenhum momento vi naquela face cheia de histórias, daquele patrimônio vivo de um lugar que por si só, traz um misto desses dois substativos; e que inebriou tanta força que 2011, 2012, 2013...serão sempre parte a complementar, a construir!

A história que dona Iracema contava fica para um outro post. Então, a todos, um belo e 'corajoso' 2011!