21.5.11

Para você, meu amigo(p)!

Esse não é um texto como os que costumo escrever. É um recado, uma carta ou o que quiserem chamar, mas com um caráter proposital, pensado. Não é para fazer sentido, a não ser para ele. O dono? Uma hora vai ler!

Hoje é um dia muito, mas muito especial para um rebento da ancestralidade (o dono), que agora também é dele. Quero muito estar em seu despertar; e um dilema toma conta do meu coração e da minha vontade, angustiando-me a alma - não pela irmã mais velha, que é passado, mas por fatores maiores, relevantes.
Como farei? Ainda não sei. Tenho algumas horas para resolver. Contudo, saber que você estará cercado daqueles que sempre serão seu cotidiano, farão parte do seu caminho, o acolherão nos braços no cair, se preocuparão com sua teimosia no levantar, cantarão com seus senhores, se doarão nas suas obras (mesmo nas divergências naturais, afinal, ser humano é complexo demais para estar harmonizado todo o tempo, né, meu querido? Ora ou outra tem que haver um babadinho para apimentar as coisas...rs) me conforta.

Embora acredite que se preocupa comigo, saiba que me ampara quando possível, me escuta quando preciso e confia no que meus olhos, mais que palavras dizem; talvez minha ausência nem notada seja (nem deveria) pois o dia é branco e amarelo; é seu e você, somente você importa. Sentirei não ver as cores desabrocharem juntas para o caminhar há muito precedido e deixado pelos seus, na continuação; sentirei não perceber os olhos atentos, cheios de orgulho e também curiosidade, em êxtase pela exuberância das rodas, do balanço que lhe cobre os olhos do corpo, para mirar com os do espírito!
Ah, como deve ser lindo, como deve ter força, e quantas lágrimas não conseguiria impedir da minha face caíssem. Lágrimas que você já observou banhando-me o rosto quando meus sentimentos afloravam; marejando meus olhos para depois dar entrada à esperança 'dos que sonham o futuro' e à serenidade de uma consciência em paz!

Meus pensamentos hoje estarão contigo, ainda que meu em corpo possa não estar. Minhas energias positivas também, desejando que tudo seja mais do que você imaginou; que sinta mais do que supunha conseguir e que de você, seu pai ecoe e sua mensagem seja tão bonita como sei que seu coração (também com as vicissitudes humanas) é!

Só advirto uma coisa: junto com meus pensamentos para você, vai também o desejo de uma aqui amiga, de que se cuide mais, de que pense naqueles que não demonstram, mas por dentro sofrem por ver o teu sofrer, a tua teimosia, o teu 'não cuidar'! Sinto dizer, mas você me inseriu nessa lista e a vontade que dá é de puxar sua orelha e fazer valer ser mais velha, o que nesse caso, ganha respaldo. Lembra do nosso primeiro encontro e do que me disse sobre o amanhã. Sei que você lembra! A vida gira a todo momento e nada sabemos dele; tudo muda e só nossos passos são a certeza de nossas colheitas. O resto..."é o tempo encandeando suas vontades"!

Lembra principalmente daquele pequeno cantador que se orgulha do pai que tem, da linda índia de abraço gostoso e apertado que é mais arredia, e só precisa de um pouquinho de atenção, porque amor naqueles olhinhos transbordam; da mãe séria e preocupada, dos amigos que dão bronca por uma boa causa, mas sentem prazer em estar contigo; da família que só cresce.
Quanto à sua amiga aqui, sabe as minhas vontades,né?! "ladainhas brancas e cantadas"...hehehe
Um lindo dia, meu anjo! E muita luz nessa cabecinha, nesse caminhar! Até daqui a pouco ou até muito breve!

#OtabegmpfdB!

20.5.11

Numa tarde de outubro, com um jovem escritor!

Há uns anos, durante evento literário local, quando ainda era uma acadêmica de Comunicação Social, fui convidada a entrevistar um famoso escritor, que daria uma coletiva. Não era repórter nem estava no horário de trabalho, mas topei e lá fui eu com gravador na mão e um pequeno release, que lia no caminho. Minutos depois do horário marcado aparece aquela figura simpática, tranquila, com trajes impecáveis, apesar de simples; um porte distinto e um olhar forte. Sentado no sofá do hall do hotel, mais contou sua história que respondeu a perguntas de fato. Sentei-me a seu lado. A cada passagem de sua vida, via olhos brilhando ora com orgulho pelos feitos realizados ora por saudades das aventuras que agora só poderia contar. Parte de mim estava fascinada pelo todo que aquele jovem de cabelos alvíssimos trazia consigo, para além de suas histórias (muitas das quais quisera viver!). Outra parte, incrédula com o rasismo camuflado do mesmo diante de um bando de jornalistas (rs). Acho que serei uma senhorinha 'sapeca', mas não tanto quanto. Anyway!

Rasismos à parte, já diante de mim e um outro repórter apenas, o jovem escritor diz, do nada e em alto e bom som, que a blogueira que vos escreve tinha uma áurea muito bonita, iluminada. Eu, a priori, fiquei encabulada...acho que mais pelo repórter, que já tinha percebido o rasismo dele, que por ele mesmo. Depois, achei a situação engraçada; afinal, quem não gosta de ouvir algo assim, mesmo que tenha sido um rasismo? Nessa história toda, ainda ganhei um presente, com a dedicatória:
"Para Milena, um ser de luz, com carinho..." =)
Independente disso, devo admitir que havia serenidade em seus olhos, segurança em sua atitude e uma sedutora elegância em suas palavras. Fez-me lembrar de um outro jovem (que não é escritor, mas também é andante) e a sedução eloquente com a qual fascina e apaixona, e ao mesmo tempo machuca e marca, perdendo aos poucos o 'marco'; sem nem por isso deixar de ser 'aquele cujos jasmins foram para mim!'

Bom, esse texto não é para me vangloriar por conta do tal escritor. Acreditem, não é. Arrumando minhas coisas, achei no meio da minha coleção de filmes o presente autografado e lembrei que há uns meses, poucos meses, em caminhada na companhia desse jovem, falava de Gregório de Matos e contava essa aventura jornalística e rasa com o famoso escritor!
Deu saudades agora...da caminhada que terminou ao se falar das intuições; e dessa passagem de uma época boa na academia!
É o tempo sempre se manifestando!

10.5.11

Longe...

"Apenas ao longe, longe...
sonhando teu conto
nos planos previstos
sentindo os cheiros egressos de um tempo andante,
lá, ao longe,
nas canções de um caminho par"!