30.7.12

SBPC: boas e não tão boas descobertas!

Anos depois, a SBPC voltou ao Maranhão. Grande evento, razoável estrutura, se se pensar pelo todo e não apenas o espaço físico montado e boas e saudáveis discussões; algumas surpreendentes e claro, um desfile de cabeças pensantes - algumas de fato comprometidas, outras mais pela vaidade que a academia também suscita. No geral, do pouco que vi, gostei! Claro, ressaltando que nesse sentido, minhas palavras se valem única e exclusivamente de observações pessoais do que presenciei nos dois dias em que estive na 64a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que aconteceu de 22 a .
27 de julho.

Minha presença na SBPC não foi programada, mas ocasionada por outros motivos, caso contrário não participaria do evento, apesar de a programação estar muito boa, dentro daquilo que pesquiso. Lá fui eu ao encontro de um professor. Cheguei uma hora antes do horário marcado e fiquei no ponto de encontro, esperando. Durante essa espera, muitas cenas se passaram em minha cabeça alinhadas com as pessoas, conversas, posturas, expressões, olhares e alguns "comentários escapados, na surdina" por alguns participantes - entre pesquisadores, estudantes, paletrantes, organizadores e todo o meio acadêmico ali presente. Acho que foi uma aula de como não quero ser [quando crescer] em determinados aspectos!!!



Nossa!!! Em alguns momentos, me perguntei se realmente era daquele mundo que fazia (ou queria fazer!) parte; em outros, me senti uma exceção na forma em que o pensamento em torno da academia fazia parte do meu discurso. Não é de hoje que venho observando o quanto esse meio enriquecedor, pulsante, fascinante, também duro... é cheio de pompas e vaidades, nem mesmo que muitos acadêmicos, no frigi dos ovos, tem mais nas "glórias" de suas pesquisas, seu foco maior, que o resultado dessas para aqueles que atuam. Claro que não estou generalizando e também não sou uma exímia conhecedora desse mundo no qual tenho me inserido. Talvez um tanto romântica, é verdade, mesmo tendo encontrado ao longo do caminho algumas realidades bem nuas e cruas e outras simplesmente sublimes em todos os aspectos imagináveis.

Sou péssima para gravar nomes de autores e teorias, ainda que os compreenda bem, assim como também sou um tanto parcial em determinadas situações, mas são justamente nesses momentos em que minha 'apreensão' melhor se dá e consigo visualizar o que muitos grande nomes com os quais tive o prazer de estar, na maioria das vezes por períodos muito curtos, não o fizeram. Também foram nesses momentos em que mais vi a vaidade sobressair em todos. Não sei se porque já muito correram atrás e penaram um pouco para serem quem são hoje, ou se por outros motivos, mas ouvi comentários, conselhos, diretrizes que foram de encontro de muitas das concepções no âmbito acadêmico. Mesmo assim não desestimulei. Na exceção, três pesquisadores que admiro muitíssimo, enquanto profissionais, acadêmicos: um com uma visão "filha da mãe" e cujo olhar para aquilo em que se mete a fazer são fascinantes (muito querido para mim!); o outro, não posso dizer tanto nesse sentido, pois o contato foi pouco, mas tem ai 40 anos de pesquisa e difícil seria ele não circular muitíssimo bem por sua área; nesse aspecto, é admirável, uma raposa no melhor sentido da palavra. Vê-lo discorrer sobre o que domina é fascinante (disse que quero ser um dia assim também!);  e o terceiro... bom, esse falo depois, porque ai teceria linhas e linhas e não é o caso. O que sei é que em campo me orgulho muitíssimo da minha percepção e da experiência (ainda que pouca) que venho constituindo/construindo ao londo desses anos de pesquisa, sendo consciente tanto das minhas deficiências quanto das minhas 'apreensões'. 

Já vi, li e ouvi muita "gente grande'' com textos ''nada a ver", onde dizia: " Espera ai, eu faço mais que isso!", assim como já corrigi muita coisa para outras tantas quando era para ser o contrário e nessas horas me senti igual sob determinados aspectos e (confesso!) orgulhosa de mim. Assim como também já observei as muitas deficiências e necessidades às quais preciso melhorar, correr atrás. Mas o que é tudo isso se não uma constante busca, um constante descobrir?! Não gosto das disputas nada saudáveis onde se tem medo de perder espaço, de perder terreno em detrimento de outro, agindo assim de forma não tão ética, honesta assim, o que também acontece na academia.

Voltando... para mim, a SBPC salientou algumas coisas importantes e no geral foi muito bom: uma miscelânia de cabeças pensantes! 
E o que vi, no último dia, durante uma mesa redonda, ao ouvir duas figuras que me chamaram a atenção de forma muito forte, só reforçou o meu desejo de querer mais e mais o que faço. Acho que poucos entenderam as 'entrelinhas' dos discursos ali postos (ou só eu percebi?!), mas me emocionou como poucas vezes - acho que as últimas vezes que senti aquela força toda foi com dois quilombolas de Castelo e Santo Inácio, em momentos distintos. Talvez as energias impostas ali por aquelas duas figuras, quem sabe?!

Me fez ver que não quero ser, daqui a um tempo, uma pesquisadora, uma acadêmica como muitos dos que ali vi. Quero ser, sim, como também muitos que figuram nesse meio e que também encontrei lá, com objetivos vivos de uma realidade que a academia teoriza, mas que poucos de fato tornam instrumento direto ou indireto de intervenção, de realidades, de descobertas, de pesquisas, de ciência!

1.4.12

Morte: fim, começo, fim, começo, passagem!

A morte... 
Quando ganhei esse blog há quatro anos, lembro que um dos primeiros textos foi sobre a partida de uma menina que vi crescer e que estava no auge da vida. Penso que você deve lutar pela vida sempre, até o último fio de esperança possível, porque ela é linda, é uma dádiva. Mas quando a morte dialoga com ela, assumindo as rédeas da situação, não há o que fazer. Meu pensamento já era o que hoje tem se alicerçado: sentir e ver a morte diferente do que muitas pessoas sentem e veem. Talvez os seis anos de Humberto de Campos tenham contribuído para isso e esses últimos meses só fizeram acentuar meu pensamento. Não se trata de indiferença, descaso, mas sempre a vi como uma passagem, um novo começo ou um novo fim; mas sem a mesma carga que muitos dão, sem a mesma força que perpetuamos sobre ela. Sofrimento temos todos diante dela, lágrimas, saudades, lembranças que o tempo vai atenuando... e mesmo quando não somos nós ou alguém que nos é caro, a dor do outro é sempre 'par'. Contudo, não é a perda em si que me faz 'tremer na base', mas a forma em que ela se dá que me deixa triste, o que desencadeia outras situações - mortes violentas, sem explicações, sem sentido (a priori) me causam dor, me deixam sem algum entendimento, mas a morte em si, não. Aquela pessoa que desejar, sonha, luta tanto por algo, que espera apenas mais uns momentos presente com os seus, realizando, atuando, vivendo; ou que simplesmente tem tanto pra dar, pra ensinar, pra cuidar, mas a vida parece já lhe ter determinado o tempo. Como lidar diante de situações assim?

Depois de um sonho 'sinistro', sem sentido algum para mim, a priori, e de uma viagem cansativa, que valeu muito a pena, por testemunhar a realização de um sonho (casamento de uma amiga-irmã!), soube da morte do irmão de uma rasa. Curioso que no dia anterior à morte, a primeira pessoa que ela citou, fora ele! Foi só a partir de mais informações sobre a morte, que compreendi a mensagem 'sinistra' que me foi enviada. Enfim, coisas dessa nossa vida cheia de seus mistérios!
De qualquer forma, um amigo fez, sem precisar pronunciar uma palavra, com que parte de mim se sentisse egoísta, por não, ao menos, dizer o que uma pessoal em uma situação normal diria; até porque, ao perguntar, eu já sabia e já tinha feito, do meu jeito, o que devia fazer numa situação dessas e que não precisa ser mostrado/dito a ninguém. Ao mesmo tempo, outra parte de mim, a que prevalesceu, sentiu-se tranquila com relação a isso, porque sinceramente não consigo ver a morte - A MORTE - como quase todo mundo. Não sei se isso é bom ou ruim, mas é como penso, como sinto. E proferir palavras de conforto, mesmo pra quem não tem a ligação sanguínea, mas tem outras fortemente marcadas com quem sofreu a perda, o que quer dizer estar cumprindo sua obrigação ali, mas o coração desejar estar também lá, confortando, partilhando... é como se essas palavras ganhassem força e se transportassem a quem está precisando delas! Elas não vieram de mim através de palavras, mas de outra forma, que um dia ele saberá!
Que ele faça uma boa passagem, que ela tenha força e fibra e nossas vidas caminhem com a permissão do Criador, sem mágoas, sem revolta, com sabedoria, serenidade e consciência de que o outro é tão ser humano e falho quanto nós somos!

26.3.12

A união faz a força: ditado que se comunga!

Se o homem soubesse o que alguns momentos, simples até, valem em nossas vidas e o quanto nos ensinam aproveitariam cada segundo, cada sorriso, cada troca...momentos em que problemáticas e diferenças à parte (mesmo quando essas se fazem presentes por meio de algumas 'farpas' naturais do ser humano em convivência nesse mundo de vaidades em que vivemos) são minúsculas, quase inexistes diante da união em prol de um bem comum, um bem especial que nos deixa esperançosos quanto à quietude e bonança desejada por aqueles que as buscam com sinceridade e com amor, ainda que a seu modo.
Esses últimos dias, ao me unir a amigos numa obra, me fizeram ver (e sentir!) tudo isso. Cada suor derramado, cada sangue literalmente dado, sorrisos, brincadeiras, a bagunça bem-vinda, mesmo nos mais arredios e às vezes com o coração nem tão sincero assim fez, em algum momento e do jeito deles, com que as pessoas ali reunidas tivessem consciência de que aquilo que estavam fazendo, aquilo para o qual estão se doando valia qualquer esforço, qualquer dor que viesse no dia seguinte e que qualquer picuinha, qualquer diferença perdia valor perto do que estava sendo construído, do que estava se moldando diante de cada um, diante de cada olhar: um alicerce, um elo, uma comunhão. 
A união faz a força, sim e o carinho guardado se traduz naquilo que todos buscam e que terão, se se puserem como parte e não como adereço, como uma simples peça, como apenas mais um. Mal sabem eles (ou sabem!) que cada noite perdida, cada barro grudado na pele, cada farpa rasgando a mão, cada gole de vinho partilhado, cada mão posta fazendo uma ponte eram observados por muitos dos que, como eles, são parte e são o todo de tudo aquilo. Fico muito feliz por ter sido chamada para fazer parte daqule momento, feliz por construir 'amigos', por construir cumplicidade que vai além do que nossos 'olhos carregados de vaidades' podem ver; e mesmo toda moída (desacostumada ao trabalho pesado dá nisso...rs), quantas vezes for preciso, estarei ali, com todos, a postos, porque acredito estamos aqui para somar, aprender, partilhar e comungar com esse mundão lindo de Deus!

18.3.12

Casamentos

Esse início de 2012 começou cheio de entrelaçamentos, de notícias entrelaçadas e de muitos, muitos desejos bons. 
De vez em quando sou meio 'avoadinha' da cabeça sob alguns aspectos, é verdade. Confesso, sem vergonha! Mas sob outros, parece que meu lado ancião me vem abraçar de forma a perceber algumas passagens como exatamente isso: passagens! 
Pessoas que nos são postas para que aprendamos e ensinemos alguma coisa, com a qual estabelecemos laços de amizade, com quem vamos apreendendo um pouco mais da vivacidade que o cotidiano precisa ter para que não nos tornemos a 'mesmice de um dia só!' e pessoas cujas ligações vão para além disso.

Em fevereiro, finalzinho, aconteceu o casamento de dois lindos rasos, que por ironia do destino fizeram e fazem parte de minha vida de forma especial. Ironia do destino, porque as relações são uma coisa de doido e ninguém é de ninguém, o que nem todas as pessoas entendem. Compromissos são confundidos com prisão, débitos mútuos e felizmente as coisas não funcionam assim. Por isso, foi com muita alegria que recebi a notícia, com muita alegria que recebi o convite (o que para alguns seria absurdo!) para partilhar com eles esse momento tão lindo.  E por acreditar que a vida produz seu próprio enrendo e deixa que pensemos que nós somos os criadores, quando apenas fazemos as escolhas dos personagens (errado ou certo), é que sinceramente desejo que haja cumplicidade, companheirismo, respeito, amizade e muitos aprendizados, com essa luz que vai brindá-los logo logo. 
Mais uns dias e outro casamento se dará, para o qual eu desejo também muitas coisas boas, aceitação e alegria, pois se no primeiro casamento me eram caras as pessoas, nesse, então, trata-se de uma irmã. Para fechar o ano, mais dois casamentos, duas uniões sinceras, queria que se realizassem. Um, já consumado, faltando apenas a comemoração; o outro, desejo que se torne um casamento, porém é mais complexo e precisa superar alguns percalços, mas de todos, não conheco pessoa mais merecedora de ter felicidade e alegria!
Bom, até que cheguem, vou tentar, ao menos no próximo, não trocar os horários e pagar mico, ao olhar na net a foto da noiva com o pai e dizer: "Ué, como assim? O casamento não era à noite?" e pegar o convite, rindo feito uma criança sapeca ao perceber a troca de horários...hehehehe. Acontece!

8.3.12

Mais uma vez, ela!

Poucas vezes na vida tive honra tão grande como a que hoje me deste. Depois de algum tempo sem sentir aquele perfume, a força daquele abraço, a sutileza daquelas palavras, não podias me fazer mais feliz nesses tempos bravios do que fizeste ao sonar aquelas palavras para mim!!!

6.3.12

E Salve, Cesar!

Voltando a morar na filosofia do grande Cesar Teixeira!
Foto: Blog Zema Ribeiro

5.3.12

Viva a amizade e o surreal!

Esses últimos dias foram de muitos acontecimentos surreais. E todas as manifestações me fizeram lembrar como a amizade é uma coisa de doido e as ligações idem!
Uma amizade 'de verdade' te sufoca pelo sufoco do outro, te dá agonia pela agonia do outro, te deixa embriagada de felicidade por perceber que há chance de felicidade para o outro, te faz sentir segurança por saber que, mesmo quando o amigo lhe percebe as entrelinhas, você segue e diz o que seu coração pede. Digo mais: Ela te deixa uma pilha quando você sente o perigo do outro e nada pode fazer a não ser emanar boas energias; te deixa bravia querendo tomar-lhe as dores e também resignada, quando o outro não quer abrir o coração, ainda que você saiba o que se passa (porque confiança não se impõe!). Há também os momentos em que quem quer colo, um abraço forte, ser ouvido... é você, mas pedi-lo pode parecer mais do que realmente é: uma amizade sincera!

E voltou o questionamento através de pessoas distintas: Pode alguém gostar tanto de uma pessoa, desejando-lhe só coisas boas, querendo apenas uma forte amizade, uma sincera parceria e uma cumplicidade mútua sem confundir as bolas? Sim, pode. Há tempos me dei conta disso, porque vamos descobrindo que a intimidade de suas problemáticas não pode ser compartilhada com todos, apenas com os sinceros escudeiros de um caminho par!

E nesses últimos dias, as palavras intrusivas na tentativa de quebrar a geleira de um filho do tempo, os pedidos de força e saúde e a chamada pelos seus, foram por um único motivo: dizer que toda tempestade se transforma depois em bonança e não tenha medo de confiar!

7.2.12

Sem consenso!

Numa conversa sobre rasismos...
Rasa 1: Não rola, baby. Nunca vai ser só assim!
Rasa 2: Que falácia! 
Rasa 1: Então, tá. Aponte um caso!
Rasa 2: Ué, eu sou um deles...e com dois grandes e adoráveis rasos!
Rasa 1: Porque é uma tola, isso sim. Não sabe aproveitar!
Rasa 2: Ahhh, tá. Pois é. Decididamente não aceito que um homem não possa ser amigo de uma mulher e vice e versa, sem que haja uma segunda intenção, um beijo, uma transa, um pensamento que seja. Me recuso a acreditar que não possa ser grande amiga de um homem, por mais belo, envolvente ou o que ele seja; e o contrário também. Ponto!

Diálogo cortado para não dar briga. ''Ezefini''

Para a Maria das marias!

Era para ser uma tarde como outra, de encontros, de esperas. Não foi!
Ao saber-te longe, arderam como fogo esses olhos ainda jovem,
que transformaram o olhar de espera em olhos d'água que se impuseram sobre mim. Nada mais podia fazer. Desceram!

A princípio, consegui esconder, mesmo sem a compreensão de tanta dor que sentia. Como pode? Tão poucos encontros diante de tantos filhos...
Mas a imposição fora mais forte, vencendo-me de uma vez. Redi-me!

Diante do silêncio desconfiado e temeroso de minha intrusão,
recolhi-me àquele mar que bradava, sequioso de seguir até um de seus portos. O que fiz? Segui!
Como que esperando por um alento apenas, desci até o canto dos segredos e dos sonhos, onde tantas vezes te vi reinar. Não te encontrei. Então, chorei!

Tal qual uma criança me via, que aquelas paredes testemunharam os soluços que teimavam em vir.
Sim, soluçava! Exagero? Só sentia...questionando por que, mesmo sabendo que tornaria a vê-la, um abandono me abraçava. 
Mas quem sou eu, diante de um filho, que consciente de tua constante presença, mais que todos sentirá? Aquele que era para ser consolado, muitos resolveu abraçar.
Que enganoso! A tristeza não relutava em seus olhos fazer morada. Lá ela continua!
Porque as lágrimas de uma valsa vieram mostrar que talvez não volte àquele instante uma vez mais com os seus como testemunha. Foi grandioso!

Já a mim, insignificante diante de todo esse reino,
restou a audácia de um pensamento, cuja resposta a 'Maria das marias' logo vem anunciar, para que depois eu esqueça um pequeno passo que hei de por ti, dar.
E por conhecer esse coração cansado, essa bela dona vai permitir. Assim será!

6.2.12

15 anos


Completar 15 anos, para algumas pessoas, ainda é uma data sublime, com todas as pompas que ela exige. Ontem foi assim. Vi uma linda menina com seus convidados, família, seu povo, na companhia discreta e vista por privilegiados de uma grande mulher. Contudo, quem roubou a cena foi outra pessoa, que não por acaso conheço e para quem uma vez escrevo.

Escrevo porque não me canso de aprender com pequenas e grandes situações que a vida aprensenta, assim como não me canso de dizer que algumas pessoas fazem mais por nós do que supoem, mesmo quando aparentemente não fazem nada mais do que uma relação no âmbito do acordado deveria ter. Mas amizade não se faz somente disso. Cada palavra dita, cada expressão e momentos apreendidos, observados mesmo quando não o são para nós, ficam como um registro de um caminho contínuo na busca por paz e harmonia - em tudo que se ambiciona, em tudo que se vive!

A aniversariante foi coadjuvante naquele que foi seu dia de princesa, e os olhos d'água de uma dança, de uma históra, da partida de uma mulher, da esperança do pulsar da vida e nesse, de presenciar seus rebentos debutarem tão lindos e felizes quanto aquela menina, de estar em casa e na casa que reformula, de tomar as rédeas de sua vida em plenitude ou perto disso pode ter sido o filme que aqueles olhos tão sinceros visualizaram e juntos com eles, toda uma casa.

8.1.12

Dia de Reis, dia de donaReis!


Mais um 6 de janeiro, mais um dia de Reis, mais um dia meu!
Não por acaso gosto muito desse dia, mas por acaso algumas coincidências se dão!
Seis de janeiro, para mim, é = paz, serenidade, boas energias, aconchego, amor, descobertas, pedidos. Não são só as palhinhas que queimam, mas também as energias ruins que se deram, o deixar para trás o erros; assim como renovam-se o guardar com carinho os encontros, as realizações, os aprendizados, os olhares, os caminhos, os amigos, o 'sangue', o amor e os desejos bons; e desejos bons não faltaram nesse dia!
Que muitos dias de Reis venham e que sejam sempre cheios de muito axé, de muita luz e momentos bons, assim como é meu desejo para 2012 a todos! Que seja um ano abençoado, de muita saúde, de muita paz, de muita sabedoria e uma consciência leve, tranquila, feliz para todos nós!

Aos meus 'amores' que me deram um lindo dia de Reis, meu obrigada; aos meus 'anjos' que me presentearam com sua presença, guloseimas deliciosas, boa música e energia, meu obrigada; a todo meu povo, cujo carinho e respeito dispensam mais palavras, meu muito obrigada!


Mais um assassinato, mais um descaso!

As questões de terra quando se fala de comunidades indígenas, quilombolas e outros grupos étnicos há muito vêm sendo discutidas por entidades, governo, universidades (trabalhos acadêmicos), etc. Entretanto, tais discussões, dentro de cada um desses espaços, tomam ares distintos e dificilmente chegam a um consenso, a uma solução - ou ao menos a uma tentativa dela. Chama-se os órgãos competentes, faz-se reuniões, a busca de uma resolução é acordada, o tempo passa e o assunto é esquecido até que outro acontecimento, outra morte, outro agrupamento ocorram chamando a atenção da sociedade e do poder público. 

Desde a semana passada leio nas redes sociais notas de repúdio e matérias de blog's compartilhadas nas páginas de algumas pessoas sobre o assassinato de uma criança indígena, no interior do Maranhão (Ecos da Luta). Trata-se de um assunto muito sério, de uma problemática antiga e que longe de ter um fim (correto!) está.

Tenho uma opinião à parte e essa 'vai de encontro' a algumas posições; mas o que me incomodou, nesse caso, foi a forma com que alguns trataram a notícia e a repassaram, banalizando, de certa forma, a situação. Isso é uma problemática séria, que envolve muitos interesses e precisa ser pensada e feita com cautela, seriedade e respeito. É uma pena que nem todos percebam isso.  Anyway!