20.5.11

Numa tarde de outubro, com um jovem escritor!

Há uns anos, durante evento literário local, quando ainda era uma acadêmica de Comunicação Social, fui convidada a entrevistar um famoso escritor, que daria uma coletiva. Não era repórter nem estava no horário de trabalho, mas topei e lá fui eu com gravador na mão e um pequeno release, que lia no caminho. Minutos depois do horário marcado aparece aquela figura simpática, tranquila, com trajes impecáveis, apesar de simples; um porte distinto e um olhar forte. Sentado no sofá do hall do hotel, mais contou sua história que respondeu a perguntas de fato. Sentei-me a seu lado. A cada passagem de sua vida, via olhos brilhando ora com orgulho pelos feitos realizados ora por saudades das aventuras que agora só poderia contar. Parte de mim estava fascinada pelo todo que aquele jovem de cabelos alvíssimos trazia consigo, para além de suas histórias (muitas das quais quisera viver!). Outra parte, incrédula com o rasismo camuflado do mesmo diante de um bando de jornalistas (rs). Acho que serei uma senhorinha 'sapeca', mas não tanto quanto. Anyway!

Rasismos à parte, já diante de mim e um outro repórter apenas, o jovem escritor diz, do nada e em alto e bom som, que a blogueira que vos escreve tinha uma áurea muito bonita, iluminada. Eu, a priori, fiquei encabulada...acho que mais pelo repórter, que já tinha percebido o rasismo dele, que por ele mesmo. Depois, achei a situação engraçada; afinal, quem não gosta de ouvir algo assim, mesmo que tenha sido um rasismo? Nessa história toda, ainda ganhei um presente, com a dedicatória:
"Para Milena, um ser de luz, com carinho..." =)
Independente disso, devo admitir que havia serenidade em seus olhos, segurança em sua atitude e uma sedutora elegância em suas palavras. Fez-me lembrar de um outro jovem (que não é escritor, mas também é andante) e a sedução eloquente com a qual fascina e apaixona, e ao mesmo tempo machuca e marca, perdendo aos poucos o 'marco'; sem nem por isso deixar de ser 'aquele cujos jasmins foram para mim!'

Bom, esse texto não é para me vangloriar por conta do tal escritor. Acreditem, não é. Arrumando minhas coisas, achei no meio da minha coleção de filmes o presente autografado e lembrei que há uns meses, poucos meses, em caminhada na companhia desse jovem, falava de Gregório de Matos e contava essa aventura jornalística e rasa com o famoso escritor!
Deu saudades agora...da caminhada que terminou ao se falar das intuições; e dessa passagem de uma época boa na academia!
É o tempo sempre se manifestando!

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