7.2.12

Sem consenso!

Numa conversa sobre rasismos...
Rasa 1: Não rola, baby. Nunca vai ser só assim!
Rasa 2: Que falácia! 
Rasa 1: Então, tá. Aponte um caso!
Rasa 2: Ué, eu sou um deles...e com dois grandes e adoráveis rasos!
Rasa 1: Porque é uma tola, isso sim. Não sabe aproveitar!
Rasa 2: Ahhh, tá. Pois é. Decididamente não aceito que um homem não possa ser amigo de uma mulher e vice e versa, sem que haja uma segunda intenção, um beijo, uma transa, um pensamento que seja. Me recuso a acreditar que não possa ser grande amiga de um homem, por mais belo, envolvente ou o que ele seja; e o contrário também. Ponto!

Diálogo cortado para não dar briga. ''Ezefini''

Para a Maria das marias!

Era para ser uma tarde como outra, de encontros, de esperas. Não foi!
Ao saber-te longe, arderam como fogo esses olhos ainda jovem,
que transformaram o olhar de espera em olhos d'água que se impuseram sobre mim. Nada mais podia fazer. Desceram!

A princípio, consegui esconder, mesmo sem a compreensão de tanta dor que sentia. Como pode? Tão poucos encontros diante de tantos filhos...
Mas a imposição fora mais forte, vencendo-me de uma vez. Redi-me!

Diante do silêncio desconfiado e temeroso de minha intrusão,
recolhi-me àquele mar que bradava, sequioso de seguir até um de seus portos. O que fiz? Segui!
Como que esperando por um alento apenas, desci até o canto dos segredos e dos sonhos, onde tantas vezes te vi reinar. Não te encontrei. Então, chorei!

Tal qual uma criança me via, que aquelas paredes testemunharam os soluços que teimavam em vir.
Sim, soluçava! Exagero? Só sentia...questionando por que, mesmo sabendo que tornaria a vê-la, um abandono me abraçava. 
Mas quem sou eu, diante de um filho, que consciente de tua constante presença, mais que todos sentirá? Aquele que era para ser consolado, muitos resolveu abraçar.
Que enganoso! A tristeza não relutava em seus olhos fazer morada. Lá ela continua!
Porque as lágrimas de uma valsa vieram mostrar que talvez não volte àquele instante uma vez mais com os seus como testemunha. Foi grandioso!

Já a mim, insignificante diante de todo esse reino,
restou a audácia de um pensamento, cuja resposta a 'Maria das marias' logo vem anunciar, para que depois eu esqueça um pequeno passo que hei de por ti, dar.
E por conhecer esse coração cansado, essa bela dona vai permitir. Assim será!

6.2.12

15 anos


Completar 15 anos, para algumas pessoas, ainda é uma data sublime, com todas as pompas que ela exige. Ontem foi assim. Vi uma linda menina com seus convidados, família, seu povo, na companhia discreta e vista por privilegiados de uma grande mulher. Contudo, quem roubou a cena foi outra pessoa, que não por acaso conheço e para quem uma vez escrevo.

Escrevo porque não me canso de aprender com pequenas e grandes situações que a vida aprensenta, assim como não me canso de dizer que algumas pessoas fazem mais por nós do que supoem, mesmo quando aparentemente não fazem nada mais do que uma relação no âmbito do acordado deveria ter. Mas amizade não se faz somente disso. Cada palavra dita, cada expressão e momentos apreendidos, observados mesmo quando não o são para nós, ficam como um registro de um caminho contínuo na busca por paz e harmonia - em tudo que se ambiciona, em tudo que se vive!

A aniversariante foi coadjuvante naquele que foi seu dia de princesa, e os olhos d'água de uma dança, de uma históra, da partida de uma mulher, da esperança do pulsar da vida e nesse, de presenciar seus rebentos debutarem tão lindos e felizes quanto aquela menina, de estar em casa e na casa que reformula, de tomar as rédeas de sua vida em plenitude ou perto disso pode ter sido o filme que aqueles olhos tão sinceros visualizaram e juntos com eles, toda uma casa.