10.4.10

Os sonhos...até onde são 'verdades'?

Curioso como alguns sonhos te tocam, provocam sensações contraditórias, confundem, parecem tão reais.
Costumo lembrar bem de sonhos que tenho; sonhos com mais de 10, 15 anos até. Alguns marcam, outros nem tanto. Mas os gravo não sei por quê!

Hoje tive um sonho estranhíssimo, estranhíssimo meeeessssmo. Muito real e cheio de 'verdades' ditas. Seria mais um dos muitos sonhos com um amigo muito querido, não fosse o contexto envolvido e as palavras... muitas palavras. Fez-me lembrar 'n' coisas... e como uma coisa puxa a outra, trouxe acontecimentos à tona, detalhes, promessas, pedidos, planos, momentos... Trouxe também (mais uma vez!) a presença de uma figura feminina:
Há 1 ano sonhei com uma mãe muito especial sem mesmo tê-la conhecido ou ter idéia de como era (lembro-me bem disso, como se tivesse sonhado agorinha!). Meses depois, mais uma vez ela me vem em sonho (dessa vez um sonho meio...sinistro?...cuja sensação não foi muito boa, mais parecia um... deixa pra lá!).

Talvez o sonho de hoje tenha sido em função de um papo que tive há uns dias com ele
e de uma conversa com um outro amigo também muito querido e saudoso, ontem. Conversávamos sobre o poder das palavras e de como não pronunciá-las, em alguns momentos, é menos dolorido que dizê-las. Muitas vezes, engana-se quem acha que palavras ditas para acalentar, sem uma ação que as complete (ou concretize!) seja mais válido do que a verdade, do que ser franco. Engana-se mais quem acredita conhecer tão bem alguém, estudar tão bem uma pessoa a ponto de perceber nela uma mudança ou não, de prever reações, ações, de que está ou não preparada para certas situações...
...Disse ele que...

...passa-se a vida lutando, superando obstáculos, por vezes algumas perseguições, vivendo e convivendo com afins e contrários, com metas, sonhos...que por um 'passo', união, atitude, escolha pode (será mesmo?) pôr em risco tudo que se construiu a passos comedidos, a base de muita paciência, positividade, uma natureza peculiar. Consegue-se muito, o coração é bom, apesar de também vaidoso. Por outro lado, quando se tem uma situação de 'estabilidade', crescimento financeiro, poder, felicidade (?), de laços...não se deixa interferir e pôr abaixo tudo que foi construído. Audacioso seria quem, ainda que incosciente, ameaçasse tal processo. Quem deixaria?!
São as relações humanas, pessoais, construídas, moldadas, aceitas, percebidas, ocultas, intrínsecas...

Agora pouco, ao reler alguns escritos já decifráveis, percebi quanto o sonho de ontem tem muito a ver com isso: ano passado conversávamos sobre Gabriel e suas memórias... e uma saia cinza; e lembro de dois pedidos feitos (2 coisas simples, fáceis de realizar, ainda que muito sérias! Nossa amizade é assim!). Pedidos feitos porque era sabido como algumas coisas quando fincavam raiz; arrancá-la seria doloroso. Não me enganei! Mesmo a mais inexperiente das pessoas consegue, em sua essência, perceber o outro mais do que se imagina.

Sim. A fama do 2° não era maior que a do 1°. Talvez a diferença seja a sutilidade, a elegância com que se conduz as coisas, as semelhanças... Ainda assim, acreditou-se na sinceridade das palavras...e ainda se acredita! Por isso, ao dizer 'mereço mais' é também porque os pedidos foram de um, mas muitas das palavras não. Não, não há cobrança, nem atesta-se nada. É a tal da consciência, do dito, visto, vivido...e tudo isso, de certa forma, estava inserido no sonho de ontem, que trazia dois momentos e em ambos, uma situação parecida. Tão real quanto as vividas. São as amizades...e os sonhos...confesso que queria ter o poder de decifrá-los; mas já que não posso, espero que meu amigo tão querido e saudoso, apesar de há apenas poucos quilômetros
(como as linhas lidas pelo 2°) de mim, esteja bem!

Pode ser só um sonho. Mais um... e se bem me conheço, vai para o 'estoque' já cheio (rs)...será que isso é bom?

5.4.10

É a tal da política...mais afiado que meus colegas, estava o Presidente!

Pra variar, mais uma vez aproveito meu descanso do almoço pra escrever no blog. É quando tenho tempo, porque ultimamente vejo rapidamente meus e-mails, escrevo uma coisinha aqui e ali e pronto. Mas tinha que escrever sobre a entrevista do presidente Lula (ou como chama meu pai: Lulinha!) ontem à noite.

Desde os 10 anos, quando Lula concorreu pela primeira vez à Presidência, ouço falar dele, seu trabalho em São Bernardo, as disputas seguintes, etc. Na realidade, não era muito ligada em política (nem sei se posso dizer que hoje sou! rs), apesar de estar sempre ouvindo discussões aqui, acolá. Lembro de um almoço há um ano e meio em que, na volta, perguntaram-me algo (acho que foi sobre qual era meu partido) e eu respondi vagamente. O que sei é que todos os meus votos desde 1998 foram para o Lula. Se a princípio era por conta do que os meus pais diziam, do que eu ouvia nas rodas ao buscar meu pai no banco; nos últimos anos foi por acreditar realmente que ele poderia ser um bom presidente. Não me arrependi!

Ontem, domingo, por volta das 23 hs e alguma coisa, estávamos todos na sala, assistindo ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, que sempre traz alguma personalidade política ou afins para discutir...política! Mas o que se viu? Uma boa oportunidade perdida por parte dos meus colegas jornalistas de conduzir uma excelente entrevista, sobretudo quando o entrevistado é o Presidente da República. Ao contrário, o que houve, na realidade, foi um quarteto nitidamente partidário ou, como quiserem, contrários ao governo ou ao Lula. Aliás, que não vem só da Bandeirantes, mas Globo, Record e outras emissoras, ao longo dos anos, vêm trabalhando (muitas de uma forma camuflada!) dando suas alfinetadas no Presidente.

Independente de posicionamento político, numa situação daquela, o mínimo que se esperava era que os quatro grandes jornalistas aproveitassem a oportunidade para fazer 'A ENTREVISTA'. Não sabia se ria ou vibrava com os rebates dado por Lula; pois enquanto o quarteto estava afiado, com perguntas toscas, por vezes algumas expressões irônicas, debochadas até; Lula com bom humor, mesmo quando se inclinava a ficar irritado com algumas insistências, respondia a tudo com segurança, com uma memória invejável (memória esta que 'calou' o Datena, por exemplo, ao lembrar que este fora despedido por estar num palanque do Lula anos atrás!), uma perspicácia 'filha da mãe!'.

Artistas, milionários e outros têm jatinhos e o 'quiabo a quatro'. Como um presidente da república não? A pergunta idiota do jornalista da BAND sobre as viagens que o Presidente fez, então...existe pessoa que mais viajou que o FHC? Porém, não posso deixar de reconhecer que houve perguntas excelentes, como sobre a questão tributária entre outras; e respostas melhores ainda. Uma passagem engraçada foi quando o Lula falou que deu conselhos ao Obama sobre a questão do Irã, acho...a cara do Bóris Casoy estava hilária. A impressão que se tinha era que ele olhava para o Lula, pensando: 'Quem ele pensa que é pra dar conselhos ao Presidente dos EUA?!'...rs...no fundo, apesar de muitos dizerem que é bobagem, o que cutuca muita gente é o fato de ele não ter curso superior. Tem sim um peso pra aquele meio e apesar de o nosso presidente realmente mandar umas pérolas de vez em quando e até mesmo, se preciptar em muitas, é impossível não reconhecer nele um líder nato, a realização de um bom governo!

Bom, acabada a entrevista; nossa próxima discussão foi sobre a questão dos ministérios. Começamos com o Lobão e seus possíveis planos, planos estes que poderíamos dizer que têm muito a ver com a criação (absurda!) do Maranhão do Sul e fomos passeando pelo restante. Vi uma entrevista em que comentava-se sobre as vantagens de assumir apenas por 8 meses um mandato; o que muitos chamam de 'mandato tampão', ainda mais sob as ordens expressas de continuar o que estava sendo feito, ou seja, não estão lá para criar novas...daí, a pulguinha: (sim, depende do ponto de vista e de como se interpreta isso) Se os ministros novos tiverem idéias, propostas e tal que venham melhorar, contribuir para que as coisas caminhem, certamente não haverá veto; é mais fácil não ter verba. Outra, se um deles estiver perto de uma aposentadoria, 8 meses de ministério no currículo vai ser, como dizem alguns colegas, 'uma mão na roda'; para os que ainda estão no começo, um cargo de chefia implica em muita coisa e varia de acordo com quem está no cargo. Por exemplo: um ministro ou adjunto (que é um cargo de chefia, embora subordinado) que sai de um governo com bons resultados, numa futura candidatura a deputado, senador ou mesmo um retorno num próximo governo, certamente terá como um dos pontos importantes o papel desempenhado no mesmo e claro, as conquistas. E por ai vai...o que nós, enquanto eleitores, cidadãos brasileiros esperamos é que eles façam (ou continuem!) um bom trabalho!

E ao esperar um bom trabalho de nossos ministros, deputados, senadores, etc., penso nas eleições de outubro. Sinceramente, ainda não tenho candidato a Presidente. A Marina Silva apoia-se muito numa questão que é e continuará a ser a bola da vez: 'meio ambiente' (e o resto?), mas ainda acho que ela é um tanto radical e ultimamente vem aliando-se a certos grupos cujo perfil não gosto; e dificilmente, pelo andar da carruagem, ela se elegerá e tem consciência disso. A Dilma vem muito da referência do Lula, mas apesar de eu ser declaradamente 'Lula', só votarei nela se se mostrar com perfil para isso e ai, só na campanha em si, poderei ter uma idéia melhor. Gosto muito do Ciro, apesar de algumas críticas, mas não sei se como Presidente daria certo. O Serra pode ser um excelente governador para São Paulo, mas ninguém me convence de que seu governo não será 'barrista' e que o nordeste ficará esquecido. Mas deixa chegarem os debates...
e eu voltar pro meu trabalho que não é pouco, que o dia é longo e a noite também!

Um detalhe importante: estas são observações absolutamente pessoais, de alguém que não entende muito de política, apenas acompanha algumas coisas aqui, outras acolá! Outra: se algum dia eu quiser galgar um espaço na BAND e lerem meu post, 'babou'!...hehehe...mas, como diz Luca, anyway!

Quem quiser acompanhar a entrevista na íntegra (?), aí vai o link:
http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp

2.4.10

Poucas vezes uma imagem me impressionou tanto!

Incrível como algumas imagens nos prendem!
Não se trata apenas de semiologia, das teorias de Saussure, o significado, significante, etc., mas de algo muito maior e complexo...
A última vez em que uma imagem tinha me tocado assim foi quando fiz o primeiro texto pro '20 de novembro' no blog, já em Portugal, quando abri o site da ig pra ver meu e-mail e lá estava uma reportagem sobre um menino do Congo, vítima de um coflito naquele país.

Desde o início da semana retrasada, sempre que entrava em algum site dava de cara com a foto do menino Diego, violonista de 12 anos, que ficou conhecido durante o enterro de um coordenador do Afroreggae, Evandro João da SIlva, morto em dezembro passado. As lágrimas que escorriam pelo rosto de Diego chamou a atenção de quem estava presente e da mídia. Mas dessa vez, o motivo era outro. Havia sido internado em estado grave depois de uma cirurgia complicada de apêndice. Desde então, vinha acompanhando o caso, torcendo para que ficasse bem...descobriu-se que ele tinha leucemia aguda!

Daí, ontem varei a noite trabalhando na dissertação, com a internet me dando nos nervos (caía de 10 em 10 min, já estava p... da vida com ela!), com saudades de conversar com alguém mas este me ignorava; parando apenas às 3 e alguma coisa da manhã. Estava focada na dissertação, então, nem vi mais nada na internet. Como vida de pesquisador, mestrando com prazos batendo à porta, não tem hora de descanso, talvez minutos!; acordei cedo e voltei pro batente. Só agora, depois do almoço, quando abri o globo.com vi que já estavam velando o corpo dele. Caraca! Nem o conhecia, só acompanhei o caso pela internet, mas peguei um susto, como se ao invés dele, tivesse morrido um conhecido e eu soubesse de 'sopetão'! Fiquei triste com a notícia, mas tenho uma 'idéia' da morte diferente...
Quem somos nós para questionar aquilo cujo poder de mudar não detemos!!!

Lembrei agora de dona Pirrixi e da neta, na comunidade, correndo na minha direção com os olhinhos felizes, querendo meu colo; e do Chicó perguntando se eu já havia jantado,onde eu estava, me olhando com aquela carinha linda e curiosa, mas cheia de carinho (detalhe: que ele demostrava aos pedaços..r.s...fomos conquistados um pelo outro!)...deu saudades...uma saudade apertada, onde eu que queria o colo deles, da energia boa e inocente, com a 'verdade' que a condição de criança lhes dá!

1.4.10

"Tô sempre olhando"?!

Venho trabalhando muito esses últimos meses, em meio a alguns percalços que vou driblando aqui, acolá, como possível; acreditando que nossas escolhas são nossas ações e nossas reais respostas são nossas consequências cedo ou tarde! e sempre que tenho uma folga gosto de escrever algo. Sempre gostei de 'riscar' muito: bobageiras, coisas sérias...na maioria das vezes, coisas que poucos entendem, sobretudo quando direcionados são meus textos; outras vezes ninguém entende nada (rs), mas idéia é justamente essa... enfim!
Hoje, no descanso do almoço, me veio à lembrança algumas palavras minhas, palavras outras; e junto, sensações.

Muitas vezes respondo a alguns testes conscientes de que assim o são: testes. Até hoje não entendo algumas atitudes alheias e gratuitras, mas como cada um sabe de si... Mas há muita sinceridade (acreditem ou não!) nas minhas palavras. Compreender o que querem 'saber'; porque se vão; que entendem sim, mas não continuam, pois levaria a pormenores; coisas ditas que não me passam desapercebidas, ainda que eu não manifeste. Tem horas que não é preicso, nem vale a pena. Ah, como se supreenderiam!...surpresa boa, garanto!
O 'persuardir'... ficou martelando, confesso! Por isso e
por tudo, com sinceridade e consciência digo (admitamos!): mereço mais!

Meu aniversário foi em 6 de janeiro; meus 'escritos com dono' pra valer começaram em setembro; 'as mad lisas' descobri agora, mas há 8 anos já sabia; o desejo alheio, bem...em todo lugar; mas aqueles pares de mãos de costas, com aquela maciez, com a imperceptibilidade coadjuvante, nossa!...ninguém toma! Fazem parte das três passagens principais.
Estou inclinada a crer nas palavras. Será que posso?