10.8.10

"Mileeeena...tu não conhece política!"

Segundo Sartre, o homem primeiro existe e só depois se define (tenho lá minhas considerações). Possibilidades de cogitá-la sob um viés político, às vésperas de uma campanha eleitoral e logo para o cargo mais importante do país?
Nãaaaaaaao, não me atreveria a fazer tal coisa! Afinal, seu Borega disse hoje: "Mileeeena...tu não conhece política!" (rs)

À espera do meu 'verdinho', no portão de casa, entre mim e seu Borega acontecia uma conversa empolgada que girou em torno da entrevista da Dilma Rousseff ao Jornal Nacional na noite de ontem e que, na realidade, parecia tudo (precisamente um bombardeio), menos uma entrevista.
A tentativa do Bonner de desestabilizar a candidata petista e sua expressões contrariadas eram senso comum. Quando ela começava a responder à altura, cortavam-na; o que aliás, deu-se com a Marina ainda a pouco. Só que não é segredo para ninguém que a Globo, a Band e outras redes fazem campanha oposta ao Governo e pode-se observar facilmente desde as grandes às pequenas ações. Logo, Dilma na presidência significa continução - a priori - do Lula. Isso quer dizer que a ainda grande potência continuaria sem os mesmos privilégios de outrora. Como seu Borega é admirador e defensor fiel do Lula, cada palavra, gesto e etc não passavam despercebidos...e dá-le discussão, discussão, discussão...(rs).

Ao final, chegamos a um consenso nada original: em política, inimigos de hoje, aliados de amanhã!
A crise que se instalou no período pré-Lula ao acharem que ele faria do país uma verdadeira revolução foi alarme falso, contrariando as expectativas e fazendo com que o país crescesse (são inegáveis as melhorias feitas/acontecidas durante os últimos oito anos); as alianças com antigos opositores foram motivos de críticas quase crueis e deturpadoras do governo atual e a popularidade subindo, a aprovação nacional e internacional constantes;
as tão famosas concessões - deixo de estar hoje, para amanhã entrar com 'chave de ouro', que aliás vale para além do cargo de presidente - e uma infinidades de coisas mais!

Admito que as primeiras entrevistas, debate, notas, metas apresentadas da Dilma não me convenceram. Talvez nos próximos dias possa ter uma idéia melhor; são as primeiras observações...mas ainda não consegui ver nela a 'segurança', para alguém que deseja ser presidente de um país tão cheio de contrastes e interesses opostos como o nosso.
Li que alguns cientistas políticos já dão sua vitória como certa, mas o certo mesmo é que Dilma não é Lula, apesar de a ligação entre eles e o apoio do presidente serem seu maior trunfo. Sem isso, dificilmente estaria com os percentuais de hoje, isso é fato. Ela ainda era em grande parte do país uma desconhecida até pouco tempo (quantos brasileiros sabem quem é o Ministro da Saúde ou da Cultura, da Casa Civil? ou quem são seus senadores, deputados??? Se formos pensar bem, são esses que, no frigi dos ovos, decidirão essa eleição!) e sua campanha agarra-se às barras do que foi/é o governo Lula. Se sua vitória se confirmar, não haverá dúvida de que os méritos não terão sido dela; pelo menos não na vitória. No decorrer do mandato são outros 'quinhentos'!

Assim como toda a minha casa, sou fã/admiradora do Luis Inácio Lula da Silva por toda sua trajetória desde a época de sindicalista [com suas derrapadas, falhas e tudo mais!] e, em especial, pela sua perspicácia filha da mãe (pra mim, um componente importantíssimo no seu bem sucedido governo)! A mesma perspicácia e jogo de cintura que faltam à Dilma e que no debate de ontem foi possível observar. Uma pergunta como a da aliança com Sarney e do Collor poderia facilmente ser 'rebatida', pois quem praticamente elegeu o último foi a Globlo e um dos maiores benfeitores da mesma foi o Sarney, durante seu governo.

Bom... a discussão continuou, meu verdinho chegou e mais um dia se foi.
Um detalhe: esse texto não é de oposição à
Dilma Rousseff, muito pelo contrário. Por 'n' motivos estou inclinada a votar nela. Contudo, meu voto será consciente e para se confirmar, ela precisa me convencer de que nesse caso, vale a pena dar - literalmente - o 'voto' (de confiança!). Pois, se para alguns ela não tem visão política; para mim, salvo os nervosismos naturais e algumas derrapadas quanto a dados/órgãos entre 0utros, é muito cedo para tal afirmação. Gostaria sinceramente de ver mais nela/dela! Esperemos os próximos dias!
But...wait a minute: tinha esquecido! s
egundo seu Borega, não conheço política...então...que entendo mesmo de visão política para discordar dos 'cientistas', heim?! (rs)

Ps: Amiga? Eu bem que tentei, mas quem disse? Nada direto!

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