'Ao Luar' - Gregório de Matos
"Quando, à noite, o Infinito se levanta
À luz do luar, pelos caminhos quedos
Minha tátil intensidade é tanta
Que eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos!
Quebro a custódia dos sentidos tredos
E a minha mão, dona, por fim, de quanta
Grandeza o Orbe estrangula em seus segredos,
Todas as coisas íntimas suplanta!
E a minha mão, dona, por fim, de quanta
Grandeza o Orbe estrangula em seus segredos,
Todas as coisas íntimas suplanta!
Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invado
Nos paroxismos da hiperestesia,
O Infinitésimo e o Indeterminado...
Transponho ousadamente o átomo rude
E, transmudado em rutilância fria,
Encho o Espaço com a minha plenitude!"
E, transmudado em rutilância fria,
Encho o Espaço com a minha plenitude!"
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'Desarrollo' - de quem quiseres!
"Não só uma velha amizade, a confiança a transcender o visível, o suporte das muitas batalhas vencidas, a proteção na paternidade. Mais: a estabilidade do poder 'de poder', do poder de 'ser' e a presença imposta na vontade 'do contínuo". Que audácia inquirir ou revelar o que no íntimo revelado sempre fora! No ''desarrollo'' dos caminhos, tudo vale mantendo-se o conveniente desejado. Ou não?!"
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