7.2.12

Para a Maria das marias!

Era para ser uma tarde como outra, de encontros, de esperas. Não foi!
Ao saber-te longe, arderam como fogo esses olhos ainda jovem,
que transformaram o olhar de espera em olhos d'água que se impuseram sobre mim. Nada mais podia fazer. Desceram!

A princípio, consegui esconder, mesmo sem a compreensão de tanta dor que sentia. Como pode? Tão poucos encontros diante de tantos filhos...
Mas a imposição fora mais forte, vencendo-me de uma vez. Redi-me!

Diante do silêncio desconfiado e temeroso de minha intrusão,
recolhi-me àquele mar que bradava, sequioso de seguir até um de seus portos. O que fiz? Segui!
Como que esperando por um alento apenas, desci até o canto dos segredos e dos sonhos, onde tantas vezes te vi reinar. Não te encontrei. Então, chorei!

Tal qual uma criança me via, que aquelas paredes testemunharam os soluços que teimavam em vir.
Sim, soluçava! Exagero? Só sentia...questionando por que, mesmo sabendo que tornaria a vê-la, um abandono me abraçava. 
Mas quem sou eu, diante de um filho, que consciente de tua constante presença, mais que todos sentirá? Aquele que era para ser consolado, muitos resolveu abraçar.
Que enganoso! A tristeza não relutava em seus olhos fazer morada. Lá ela continua!
Porque as lágrimas de uma valsa vieram mostrar que talvez não volte àquele instante uma vez mais com os seus como testemunha. Foi grandioso!

Já a mim, insignificante diante de todo esse reino,
restou a audácia de um pensamento, cuja resposta a 'Maria das marias' logo vem anunciar, para que depois eu esqueça um pequeno passo que hei de por ti, dar.
E por conhecer esse coração cansado, essa bela dona vai permitir. Assim será!

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