Quando criança, embalada pelas situações e pessoas que me cercavam o cotidiano, tendia a estar sempre sonhando com coisas à frente de mim. Assim fui moldando meu jeito, meu pensar, meu sentir...sentir o mundo, sentir a mim!
Os anos passaram, as coisas mudaram, as pessoas idem, e eu fui no embalo...mas uma coisa teimou em não mudar: minha natureza! E muitas vezes me vejo num embate entre essa parte de mim e as minhas vontades.
Escrevo isto porque neste momento ouço fados, e começo a sentir saudades que vão brotando como se estivessem oprimidas há tempos, sem que eu as tivesse permitido sair...saudades de coisas pueris, singelas; de pessoas que não mais verei; das pessoas que ainda vejo, mas que parecem já estar afastadas; das que nem mesmo conheci, mas que já se fazem saudosas!
Os fados que ouço são melancólicos, carregados de uma força, de um sentimento que ora leva-me à exaltação, ora às lágrimas. Mas não são lágrimas de tristeza, nem mesmo desta saudade que sinto...mais parecem acusar um desejo infindo de liberdade a aflorar em mim!
Quando coisas assim me acontecem, costumo me perguntar sobre o amanhã, meus próximos passos...porém, neste momento não consigo pensar sobre...só consigo me deixar embalar pelos fados e 'sentimentos' que eles me vêm despertar!
1 comentários:
Até as tuas saudades estao aportuguesadas...sahsuahsuas
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